Economizar é um dos objectivos que temos, quando recebemos o salário. Mas muitas vezes falhamos: acabamos por poupar menos do que desejávamos ou até sem poupar nada.
Existem diferentes métodos e técnicas para gerir o dinheiro.
Imagem: Bolso vazio. Fonte: Abbie Bernet no Unsplash
Os japoneses usam uma ferramenta que os ajuda na tarefa: o Kakebo, que exige uma certa metodologia, mas não precisa de muitos recursos – apenas um caderno, uma caneta, perseverança e força de vontade.
Dizem que a pessoa que guarda não é aquela que gasta menos, mas aquela que gasta com sabedoria. Se é um bom administrador ou possui dificuldade em sobreviver até o fim do mês, poderá descobrir uma nova maneira de, pelo menos, tentar aumentar suas economias.
O Kakebo é a palavra japonesa para definir “livro de contas domésticas”, e as suas origens remontam a 1904, de acordo com Fumiko Chiba, autor do livro “Kakebo: A arte japonesa de poupar dinheiro”.
Chiba conta no seu livro que a ideóloga desse método foi Hani Motoko, considerada a primeira mulher jornalista no Japão. A intenção dela era encontrar uma maneira de ajudar as esposas a administrarem a economia familiar de maneira eficiente.
“Embora o Japão seja uma cultura tradicional em muitos aspectos, o Kakebo foi uma ferramenta libertadora para as mulheres, porque lhes dava o controle sobre as decisões financeiras”, escreve Chiba na sua obra.
Hoje, apesar de já existirem vários aplicativos no mercado com os quais podemos controlar as nossas receitas e despesas no telemóvel ou no computador, muitos desses livros de contas ainda são comercializados no Japão.
A tarefa pode ser bastante trabalhosa, especialmente no início, mas esse também é um dos motivos do sucesso, dizem os especialistas.
Primeiro, deve registar as suas despesas diárias (ou semanais, conforme achar mais confortável) em diferentes categorias. Por exemplo: renda (salário, rendimentos, pensões); despesas essenciais (casa, transporte, alimentação, serviços domésticos, medicamentos); lazer (restaurantes, compras, ginásio etc.) e extras (presentes, viagens etc.).
Pode estabelecer quantas categorias precisar e também usar cores diferentes, para torná-las visualmente mais atraentes. No fim do mês, é uma questão de subtrair: renda menos despesas. Simples, não é?
Mas o Kakebo é mais do que controlar o que gasta, mas aprender a melhorar as suas finanças.
A filosofia por detrás do uso do Kakebo é colocar ênfase em coisas que não podem ser dispensadas e aprender-se a livrar-se daquelas que não são gastos essenciais.
Imagem: Pote da Poupança. Fonte: Sandy Millar no Unsplash
Para fazer isso, quando chega o momento de avaliar quanto, como e com o quê que gastamos o dinheiro, precisamos fazer um balanço respondendo a quatro perguntas-chave:
1º – Quanto dinheiro guardou?
2º – Quanto dinheiro gostaria de guardar?
3º – Quanto dinheiro está realmente a gastar?
4º – O que mudaria no próximo mês para melhorar?
Imagem: Palavra dinheiro. Fonte: pixabay.com
Os defensores do Kakebo dizem que, por ser um método manual, deixa-nos mais conscientes de onde gastamos o dinheiro e obriga-nos a pensar sobre quais são os seus objetivos para a nossa poupança ser mais eficaz. A margem de economia, diz Chiba, pode chegar a 35% de poupança.
Em Portugal, pode consultar o site da Editora 20|20 para mais informação e adquirir o livro para praticar já!
Imagem: Livro Kakebo. Fonte: Site da editora: https://www.2020.pt
Atreve-se a tentar fazer um planeamento?
Quem já faz planeamento financeiro?
Partilhem com a Home Optimizer as vossas experiências!
Deixe um comentário